
O que significa Calcanhar de Aquiles?
Calcanhar de Aquiles é uma expressão popular, que faz referência ao ponto fraco de alguém; transmite ideia de fraqueza e vulnerabilidade; o ponto onde uma pessoa se sente mais frágil, não possuindo domínio suficiente para controlar uma determinada situação.
Uma palavra pouco frequente no vocabulário de qualquer executivo, é Pecado. Pecado não é nem mais, nem menos do que “errar o alvo”.
A Igreja Católica lista 7 Pecados Capitais (pecados substantivos):
O primeiro deles é a Soberba, que também se apresenta sobre a forma de arrogância ou vaidade.
Soberba, também conhecida como vaidade, está relacionada ao sentimento de superioridade. É o orgulho em excesso, o narcisismo.
O segundo, não menos importante, é a Avareza, que se apresenta como Ganância.
Avareza é o excesso de apego a bens materiais. A ganância também é uma característica da avareza, já que a pessoa pode fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja (atitudes boas ou ruins).
Todo o entourage em torno de um CEO, pessoas ou circunstâncias, está preparado para mantê-lo prisioneiro desses dois pecados. São, portanto, os “Calcanhares de Aquiles” de qualquer executivo.
Como todo pecado, esses também são sutis; se apresentam como agradáveis. Algo parecido com o tema do filme: “O Diabo Veste Prada”.
Entendi e percebi isso, mais do que desejava perceber, que nenhum executivo tem força suficiente para gerir, por si próprio, a atuação desse “entourage”.
Estou convencido de que o único meio eficaz, que as empresas possuem para apoiar seus CEOs, é atuarem com um antídoto eficaz; um Conselho Consultivo, atuando junto com o Conselho Societário. Esses dois Conselhos, atuando em conjunto, serão o “Alter ego” do CEO.
Esses conselhos são uma novidade no discurso de gestão das empresas chamadas PME’s; são fáceis de serem implementados; os bons conselheiros já estão disponíveis e próximos dos CEO’s e muitos já trabalham para elas.
O desprezo que executivos e CEOs, em particular, tratam as questões espirituais, é de um evidente desdém. Há um equívoco na forma de pensar, separar uma coisa de outra. Negócio é negócio e a vida espiritual é outro assunto, como se isso não existisse na vida de qualquer mortal, na mesma pessoa. Uma pessoa é por definição, um corpo e um espírito, que atuam de forma conjunta e sincronizada.
O interesse do adversário, é acentuar essa percepção equivocada de que uma coisa pode atuar separada da outra, e incentivar a pessoa com fatos. O adversário não quer que um indivíduo acerte o alvo, ele torce para que você nem perceba qual é o alvo, anulando o seu discernimento. Anulação do discernimento, esse é o preço altíssimo a ser pago, em razão das práticas pecaminosas.
Para a Soberba, ou a Vaidade, textos clássicos como estes, sobejam na Bíblia:
“O soberbo e presumido, zombador é o seu nome, trata com indignação e soberba.” Provérbios 21:24
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Provérbios 16:18
Para a Avareza ou a Ganância, textos clássicos como estes sobejam na Bíblia:
“Os que querem ficar ricos caem em tentação, e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos.” 1 Timóteo 6:9-10.
“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume.” Provérbios 30:8
Finalmente, para justificar a presença de um Conselho Consultivo adjunto à gestão da empresa, segue um outro e eloquente texto bíblico:
“Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam.” Provérbios 15:22
Qual é o objetivo desse trabalho?
Ajudar, principalmente os executivos que detêm parte do Poder na empresa e dos CEO’s, em particular, para que percebam que são os alvos preferidos de um adversário que não deseja que seu trabalho seja frutífero e abençoador. Ele incentiva a prática de decisões espertas, decisões que aumentem os lucros do negócio, sem considerar o que isso pode significar de ruim para outros. Vide tragédias como “Brumadinho”, boate “Cris” e outros, versus a prática de decisões competentes, trabalhosas e virtuosas, que em geral visam o bem estar de todos.
Construir um mundo melhor está em nossas mãos fazê-lo. Deixe um legado positivo, uma pegada legal. Seja um mordomo fiel, devolva para a vida os talentos que por Graça de Deus, você recebeu.
Flavio Carelli, Economista, Administrador, Empresário, Expert em Gestão Exponencial, Escritor, Palestrante, que ama viver para a Glória de Deus. SBC, 21.02.2022